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Unindo forças por uma causa: Semana Nacional de Saúde da Mulher na Ásia-Pacífico

O câncer de colo do útero é um dos cânceres mais evitáveis, mas ainda é muito comum na região APAC. Compreendendo as causas e atitudes, parceiros estão se unindo para oferecer melhores resultados de saúde para as mulheres.

Investir na saúde das mulheres contribui para um mundo melhor. Mulheres saudáveis impulsionam economias, nutrem famílias fortes e constroem comunidades resilientes. No entanto, apesar desse papel vital, a saúde das mulheres globalmente continua sendo negligenciada e subfinanciada, deixando muitas em risco. Embora as mulheres, em média, vivam mais que os homens, elas passam 25 por cento mais de suas vidas lutando contra problemas de saúde.1

Um exemplo marcante é a crescente taxa de câncer de colo do útero, uma doença que é quase 100 por cento evitável, mas que continua a causar uma morte a cada dois minutos em todo o mundo. Mais da metade dessas mortes ocorre na região Ásia-Pacífico (APAC), e a quantidade de casos deve aumentar na próxima década, destacando a necessidade urgente de ação.

Uma pesquisa recente feita pela Roche Diagnostics na região Ásia-Pacífico destaca os desafios que muitas mulheres enfrentam para priorizar sua saúde.2 Quase metade das mulheres entrevistadas colocam as necessidades da família antes das suas próprias, muitas vezes adiando ou excluindo consultas médicas. A percepção de dor e desconforto, o medo dos resultados ou a vergonha as impedem de buscar ajuda, aumentando o risco de doenças graves. Os resultados mostram que uma em cada três mulheres sabe pouco ou nada sobre as triagens para o câncer do colo do útero e não planeja fazer os exames.

Unindo-se aoa Roche lançou a Semana Nacional do Check-Up da Mulher (NWCW), uma iniciativa que visa aumentar a conscientização e melhorar o acesso às triagens de saúde cervical. Por meio de parcerias com empresas, prestadores de serviços de saúde e comunidades locais, a NWCW promove tanto a educação quanto o acesso aos cuidados preventivos, ajudando a tornar os exames regulares uma parte da vida cotidiana.

Em Singapura, onde os padrões de saúde são altos, persiste um desafio surpreendente: a brecha entre o conhecimento e a ação quando se trata da prevenção do câncer do colo do útero. Apesar de mais de 90% das mulheres reconhecerem a importância das triagens cervicais, a adesão ainda é baixa. Esta questão não é apenas uma questão de educação; deriva de uma "estratégia de triagem oportunista" em que os indivíduos são responsáveis por iniciar suas próprias triagens, em vez de fazê-lo por meio de um programa organizado baseado em lembretes. Como explica Ida Ismail-Pratt, obstetra e ginecologista da Sociedade do Câncer de Singapura, “o câncer do colo do útero tem um impacto devastador na vida de uma mulher. Mas não é apenas problema dela, é de todos. Os efeitos repercutem nas famílias, emocional e financeiramente. Crianças, parceiros, famílias extensas e comunidades inteiras sentem as repercussões.”

O câncer do colo do útero ocupa o décimo lugar entre os cânceres mais comuns entre as mulheres em Singapura, com quatro novos diagnósticos a cada semana.3 Em comparação com as estatísticas globais, onde é o quarto câncer mais comum, os números de Singapura são relativamente baixos, resultado que muitos atribuem ao robusto sistema de saúde do país.4 Apesar disso, a ausência de um programa estruturado de triagem leva a baixas taxas de participação, mesmo em uma sociedade que é próspera e bem-educada. “Precisamos criar uma cultura em que a triagem para o câncer do colo do útero seja vista como parte da assistência rotineira à saúde, não como algo que as mulheres precisam ser lembradas a fazer.”

Com a Semana Nacional do Check-Up da Mulher (NWCW), os defensores da saúde pública em Singapura estão instando as mulheres a priorizarem o autocuidado como um direito fundamental. “Todos nós temos mulheres importantes em nossas vidas: mães, filhas, irmãs, amigas,” diz Ida. “Elas cuidam de nós, e é natural que retribuamos perguntando a elas, ‘Você fez o teste do Papanicolau?’”

A iniciativa também destaca o papel crítico da vacinação contra o HPV na prevenção do câncer do colo do útero. “A vacinação contra o HPV e a triagem para o câncer do colo do útero devem se tornar parte da vida cotidiana, algo que as futuras gerações vejam como ‘normal’. Deve ser considerado legal fazer os exames e se vacinar,” diz Ida.

Quase todos os casos de câncer do colo do útero são causados pelo vírus do papiloma humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível que afeta a maioria dos homens e mulheres em algum momento de suas vidas. Embora nem todos que testam positivo para uma infecção de HPV de alto risco desenvolvam câncer do colo do útero, uma infecção persistente que não é controlada pelo sistema imunológico pode levar ao câncer com o tempo. Esse processo pode levar muitos anos, por isso a triagem e o gerenciamento regulares são essenciais.

“O câncer do colo do útero é uma doença evitável, e é hora de agirmos juntos,” enfatiza Ida. Ela acredita que, através da ação coletiva, o câncer do colo do útero pode ser erradicado como um problema de saúde pública em Singapura. “Se todos trabalharmos juntos, podemos eliminar o câncer do colo do útero.”

Na Tailândia, o câncer do colo do útero é o segundo câncer mais comum entre as mulheres, com mais de 5 milhões desconhecendo os riscos associados à doença.5,6 Tabus culturais em torno da saúde sexual das mulheres contribuíram significativamente para as baixas taxas de triagem. Muitas mulheres percebem as triagens do câncer do colo do útero como vergonhosas ou embaraçosas, com mais de um terço hesitando em se submeter ao procedimento.7 É muito comum que as mulheres busquem tratamento apenas quando os sintomas aparecem, muitas vezes quando já é tarde demais.

Sirintip Kudtiyakarn, presidente da Sociedade do Câncer da Tailândia, destaca as principais barreiras para a triagem. “As taxas de triagem do câncer do colo do útero ainda são baixas. As principais razões pelas quais as mulheres evitam os testes são a timidez, a falta de conscientização sobre o HPV e sua ligação com o câncer, e a crença de que fazer o teste implica ter múltiplos parceiros sexuais, uma questão que muitos consideram sensível na Tailândia. Além disso, as mulheres sentem que não podem tirar um tempo para fazer os exames devido aos compromissos familiares e de trabalho.”

Embora a Tailândia tenha avançado na prevenção do câncer do colo do útero com a criação de um programa nacional de triagem, como sobrevivente de câncer em remissão há nove anos, Sirintip enfatiza a necessidade de um ambiente de apoio.8 “É preciso conscientização, encorajamento e tratamento adequado para se recuperar e voltar a viver feliz.”

Para combater essas barreiras, a Semana Nacional do Check-Up da Mulher na Tailândia está se associando a mais de 60 hospitais para fornecer triagens acessíveis em todo o país. Essa parceria entre os setores público e privado abriu um diálogo muito necessário sobre o câncer do colo do útero, ajudando a combater o estigma e a vergonha social que muitas vezes cercam essas triagens. Como enfatiza Sirintip, esses esforços capacitam as mulheres a assumirem o controle de sua saúde e bem-estar, lembrando-lhes de que buscar cuidados preventivos é tanto um direito quanto uma responsabilidade.

O câncer do colo do útero representa um desafio significativo para a saúde em Hong Kong, onde mais de um milhão de mulheres, entre 25 e 45 anos, nunca fizeram uma triagem para o câncer do colo do útero e não planejam fazê-la.9 Essa estatística alarmante destaca a necessidade urgente de aumentar a conscientização e a ação, especialmente porque o câncer do colo do útero é amplamente evitável com a detecção precoce.

No cerne dessa questão está o contexto cultural em que muitas mulheres priorizam as responsabilidades familiares e domésticas em detrimento da sua própria saúde. Em Hong Kong, um forte senso de dever familiar pode dificultar significativamente o acesso das mulheres aos cuidados médicos. Por exemplo, 61% das mulheres dão maior importância a passar tempo com a família, tornando difícil agendar consultas médicas.10 Como observa Katharina Reimer, diretora executiva da Fundação Karen Leung, “o autocuidado muitas vezes vem por último” para as mulheres que conciliam múltiplos papéis dentro de suas famílias. Esse foco no cuidado muitas vezes deixa pouco espaço para preocupações pessoais de saúde, contribuindo para as taxas persistentemente baixas de triagnes.

Complicando essa questão, discussões sobre saúde cervical costumam estar ausentes dentro das famílias. “Você ficaria surpreso com o quão pouco se fala dentro das famílias,” diz ela, apontando que conversas importantes sobre saúde raramente acontecem e que até mesmo os profissionais de saúde podem hesitar em abordar o tema. “Os médicos deveriam perguntar às mães sobre a saúde das filhas, mas isso não acontece.”

Em resposta, a Semana do Check-Up da Mulher de Hong Kong está trabalhando ativamente para mudar essas percepções. Por meio de workshops e parcerias com clínicas locais, a iniciativa criou um ambiente de apoio que incentiva as mulheres a priorizarem sua saúde, sem comprometer seus papéis familiares. “Precisamos encontrar um fórum para mudar as percepções em torno do corpo e a importância do autocuidado,” afirma Katharina. Para ela, a iniciativa representa uma oportunidade crucial para uma mudança de longo prazo. “Eu acredito que aos poucos, mulher por mulher, conseguiremos mudar a percepção.”

Capacitar as mulheres a priorizarem sua saúde é essencial para promover uma cultura de cuidado proativo. O câncer do colo do útero, um dos cânceres mais preveníveis, continua sendo uma ameaça significativa em muitas partes da região APAC, onde o acesso à triagem e à detecção precoce é desigual. O verdadeiro desafio não reside apenas na disponibilidade dos serviços, mas em garantir que as mulheres reconheçam a importância de sua própria saúde e reservem tempo para cuidados preventivos, em meio a responsabilidades concorrentes.

Cada mulher merece a oportunidade de prevenir, detectar e superar o câncer do colo do útero. Isso requer uma mudança de atitude, tanto dentro dos sistemas de saúde quanto nas comunidades. Famílias, prestadores de serviços de saúde e organizações locais devem trabalhar juntos para criar um ambiente onde a saúde das mulheres não seja secundária a outras obrigações, mas reconhecida como parte integrante do bem-estar geral.

À medida que as atitudes em relação à saúde das mulheres evoluem, a região tem uma oportunidade única de defender a igualdade na saúde e garantir que todas as mulheres, independentemente de sua origem, tenham acesso às ferramentas e ao apoio necessários para viver vidas saudáveis e plenas. É somente por meio da responsabilidade coletiva que essa visão pode se tornar realidade.

Fontes

  1. Pérez, L., Bishen, S., McKinsey Health Institute, & World Economic Forum. (2024). Closing the women’s health Gap: a $1 trillion opportunity to improve lives and economies.

  2.  (2023, February 28). Roche Diagram - Enhancing Healthcare Equity for Women in Asia Pacific. Diagram.

  3. Singapore Cancer Registry, National Registry of Diseases Office, Staff of the Singapore Cancer Registry, Cheong, K., Foo, L. L., Lee, E., Kuo, S., Cai, M., Yap, A., Abu Bakar, H., Lee, B. G., Ling, S. N., Kaur, S., Choo, S., Dongmei, Y., Har, Y. S., Ministry of Health, Singapore Disease Policy and Strategy Division, & Chow, W. L. (2024). Annual Report 2022 (By Health Promotion Board).

  4. World Health Organization: WHO. (2024, March 5). Cervical cancer.

  5. Wongpratate, M., & Bumrungthai, S. (2024). Cervical cancer in Thailand: 2023 update. Obstetrics & Gynecology Science, 67(3), 261–269.

  6.  Wongpratate, Mayuree, and Sureewan Bumrungthai. “Cervical cancer in Thailand: 2023 update.” Obstetrics & gynecology science vol. 67,3 (2024): 261-269. doi:10.5468/ogs.23277

  7.  World Health Organisation. Fact sheet. Cervical Cancer. Accessed July 2024 via

  8.  Ploysawang P, Rojanamatin J, Prapakorn S, Jamsri P, Pangmuang P, Seeda K, Sangrajrang S. National Cervical Cancer Screening in Thailand. Asian Pac J Cancer Prev. 2021 Jan 1;22(1):25-30. doi: 10.31557/APJCP.2021.22.1.25. PMID: 33507675; PMCID: PMC8184188.

  9. 2024 Asia Pacific Women's Health Survey (Australia, China, Hong Kong, India, Japan, South Korea, Thailand and Vietnam). February 2024. (Data on file).

  10. (2023, February 28). Roche Diagram - Enhancing Healthcare Equity for Women in Asia Pacific. Diagram.

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